quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Clima e vegetação da África


Clima e vegetação da África
Em virtude da localização geográfica do continente, existe uma diversidade de climas, desse modo é possível encontrar tropical ou intertropical, mediterrâneo e semiárido entre outras variações climáticas. No entanto, o que predomina é o clima intertropical, dessa forma, as temperaturas na região são quase sempre elevadas (superiores a 20ºC). Essa característica climática é determinada pelo relevo presente na costa e as montanhas impedem a entrada de massas de ar no centro do continente. As disparidades climáticas existentes na África são responsáveis pelos índices pluviométricos que variam de acordo com as regiões. Nas áreas intertropicais onde concentram-se as grandes florestas ocorre uma grande incidência de precipitação, já em outros lugares praticamente não se desenvolve chuva como nos desertos, por exemplo. A partir do contexto climático, podemos constatar os seguintes tipos de clima no continente africano:

Clima equatorial: apresenta-se na parte central do continente, com temperaturas que variam entre 25ºC e 30ºC e índices pluviométricos que atingem até 3.000 mm ao ano. Em razão das altas taxas de umidade relativa do ar e da abundância de chuvas, praticamente não existe estiagem, o que proporciona a proliferação de florestas equatoriais.
Clima Tropical: essa característica climática predomina ao redor das áreas equatoriais, as temperaturas médias presentes oscilam entre 22ºC e 25ºC com índices pluviométricos que atingem até 1.400 mm ao ano. Nas regiões onde esse clima predomina existem duas estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa, a cobertura vegetal encontrada nesses locais é a savana.
Clima desértico: predomina em um terço de todo território africano, no qual se encontram os desertos do Saara, ao norte, e Namíbia e Calaari, a sudoeste.
Clima subtropical: como o território africano está situado também no hemisfério norte, o continente sofre influência do clima temperado e apresenta temperaturas mais amenas. Essa característica climática predomina no extremo norte e sul, nessas áreas as temperaturas variam entre 15ºC e 20ºC. No extremo norte, até mesmo os aspectos da vegetação são diferentes do restante do continente, assim, há formação de plantas com características mediterrâneas.

Veja a seguir o mapa da distribuição da Vegetação e Biomas na África:

Desertos e Rios Importantes da África
Deserto do Saara – localizado na África Branca ou Saariana, com vegetação xerófita e grandes amplitudes térmicas, a rede hídrica é pobre com rios intermitentes, exceto o Rio Nilo que leva riqueza e vida para uma região quase inóspita do planeta. Este Rio mantém seu regime de águas graças sua nascente localizada numa área mais úmida (Lago Vitória), segue curso para o Norte e desemboca com foz em delta no Egito.
Deserto de Namib e Calaari – localizados no sul africano, possuem como fator de desertificação uma Corrente Marítima, Benguela, que assim como a Humboldt na América do Sul, não permite a evaporação das águas e consequente entrada de umidade no território.
Salientam-se também os Rios Niger (em seu baixo curso, Biafra, destaca-se a produção de Petróleo), o Congo (primeiro em volume de águas e segundo em extensão, corta duas vezes o Equador e apresenta famosas cataratas) e Rio Zambeze (onde está a maior Hidrelétrica do continente, Cabora Bassa).
  Vegetação na África
No extremo norte-noroeste da Africa encontra-se um região denominada como Magreb (onde o sol se põe). Nesta região há o predomínio de um clima mediterrânico que associado com o solo, precipitações e altitudes, implica a presença de uma vegetação densa e heterogênea constituída principalmente por maquis e garrigues, respectivamente, plantas rasteiras (mato) e arbustos.
No norte, equivalente a área do deserto do Saara, é possível encontrar uma vegetação bastante aberta, constituída por espécies de xerófilas típicas de clima desértico.
Na região conhecida como a borda do deserto do Saara ou faixa de transição entre o Saara e as savanas. Nesta estreita faixa latitudinal, denominada como Sahel, encontra-se várias espécies deestepes adaptadas ao clima semi-árido.
Na região centro-norte da África, a vegetação corresponde ao clima tropical e recebe o nome de savana, pouco semelhante ao cerrado brasileiro. Há também, uma área com a presença defloresta equatorial correspondendo ao clima equatorial, localizados no centro-oeste deste continente.
No extremo sul, ocorrem os seguintes tipos de vegetações: Ao oeste desta área, encontra-se uma vegetação de xerófilas típica de clima semi-árido correspondendo ao espaço do deserto de Calaari ou Kalahari. Enquanto que ao leste desta mesma região (extremo sul) ocorrem vegetações bastante diversificadas constiuídas, cada uma em sua área, por presença de savanas adaptadas ao clima subtropical com floresta temperada no leste e maquis ao sul.
  




segunda-feira, 25 de junho de 2012

Religiões Asiáticas


Islamismo

Introdução

A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. Assim como as religiões cristãs, a religião muçulmana é monoteísta, ou seja, crê na existência de apenas um deus, Alá ou Allah (palavra para designar Deus em árabe).
Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia Saudita.

Vida do profeta Maomé

Muhammad (Maomé) era da tribo de coraich e nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.
Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica.
Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte.

Livros Sagrados e doutrinas religiosas

O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.
Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos

A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios:
- Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;
- Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados;
- Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos;
- Realização diária das orações;
- Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a reflexão.

Locais sagrados

Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.


Divisões do Islamismo

Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais: sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Sharia.
Simbolo do Islamismo


Hinduísmo

A religião hindu, a história do hinduísmo, deuses hindus, mitologia hindu, princípios e países praticantes, cultura védica, sistema de castas, karma, os brâmanes, história da religião.
Shiva: deus hindu criador da Ioga

O que é o hinduísmo 
Principal religião da Índia, o Hinduísmo é um tipo de união de crenças com estilos de vida. Sua cultura religiosa é a união de tradições étnicas. Atualmente é a terceira maior religião do mundo em número de seguidores. Tem origem em aproximadamente 3000 a.C na antiga cultura Védica.
O Hinduísmo da forma que o conhecemos hoje é a união de diferentes manifestações culturais e religiosas. Além da Índia, tem um grande número de seguidores em países como, por exemplo, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka e Indonésia.

Crenças 
Aqueles que seguem o Hinduísmo devem respeitar as coisas antigas e a tradição; acreditar nos livros sagrados; acreditar em Deus; persistir no sistema das castas (determina o status de cada pessoa na sociedade); ter conhecimento da importância dos ritos; confiar nos guias espirituais e, ainda, acreditar na existência de encarnações anteriores. 
O nascimento de uma pessoa dentro de uma casta é resultado do karma produzido em vidas passadas. Somente os brâmanes, pertencentes as castas "superiores" podem realizar os rituais religiosos hindus e assumir posições de autoridade dentro dos templos.

Divindades 
Os hindus são politeístas (acreditam em vários deuses). São os principais: Brahma (representa a força criadora do Universo); Ganesa (deus da sabedoria e sorte); Matsya (aquele que salvou a espécie humana da destruição); Sarasvati (deusa das artes e da música); Shiva (deus supremo, criador da Ioga), Vishnu (responsável pela manutenção do Universo). 



deuses do hinduísmo


Budismo
História das religiões, ensinamentos budistas, filosofia, surgimento na Índia Antiga.



Estátua de Buda
Origem do budismo 
O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico, originário da região da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama (563 - 483 a.C.), também conhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo.
O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a partir do século VII, com o avanço do islamismo e com a formação do grande império árabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ganhando características próprias em cada região. 
Os ensinamentos, a filosofia e os princípios
Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Esta idéia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana.

A filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais importante para atingir o estado de nirvana. 
A filosofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir:  não maltratar os seres vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual respeitosa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes.  Seguindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de uma vida seguinte.



Quem foi Buda? 


Siddhart Gautama, o Buda, nasceu no século VI a.C., em Kapilavastu, norte da Índia, que hoje corresponde ao Nepal. Ele era um príncipe que, logo após seu nascimento, foi levado pelos seus pais ao templo para ser apresentado aos sacerdotes. Lá surgiu um senhor sábio que havia dedicado sua vida toda à meditação longe da cidade; ele tomou o menino em suas mãos e profetizou "este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se libertar de seus sofrimentos". Após essa profecia, os pais de Siddhart resolveram criar o filho superprotegido para que ele não optasse por estudos filosóficos como foi profetizado. Aos dezesseis anos, ele se casou com sua bela prima Yasodhara; desse relacionamento nasceu seu único filho, Rahula. Contudo, sempre se mostrou curioso com a vida fora dos portões do palácio, por fim, em um belo dia, decidiu descobrir o que havia do outro lado. Siddhart se chocou com a realidade de seu povo e, aos 29 anos, decidiu buscar uma solução para aquilo que afligia seu coração: o sofrimento humano. Abriu mão de sua família e foi em busca de uma resposta. Foi nesse caminho que ele se tornou Buda, o iluminado.
Fundou a doutrina budista, cujo principal conceito é de que as respostas do homem se encontram em seu interior.







segunda-feira, 4 de junho de 2012

Socialismo


Socialismo
Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica advogando a propriedade pública ou coletiva e administração dos meios de produção e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos com um método mais igualitário de compensação. O socialismo moderno surgiu no final do século XVIII tendo origem na classe intelectual e nos movimentos políticos da classe trabalhadora que criticavam os efeitos da industrialização e da sociedade sobre a propriedade privada. Karl Marx afirmava que o socialismo seria alcançado através da luta de classes e de uma revolução do proletariado, tornando-se a fase de transição docapitalismo para o comunismo.
A maioria dos socialistas possuem a opinião de que o capitalismo concentra injustamente a riqueza e o poder nas mãos de um pequeno segmento dasociedade que controla o capital e deriva a sua riqueza através da exploração, criando uma sociedade desigual, que não oferece oportunidades iguais para todos a fim de maximizar suas potencialidades.
Friedrich Engels, um dos fundadores da teoria socialista moderna, e o socialista utópico Henri di Saint Simon defendem a criação de uma sociedade que permite a aplicação generalizada das tecnologias modernas de racionalização da atividade econômica, eliminando a anarquia na produção do capitalismo. Isto irá permitir que a riqueza e o poder sejam distribuídos com base na quantidade de trabalho despendido na produção, embora não haja discordância entre os socialistas sobre como e em que medida isso poderia ser conseguido.
O socialismo não é uma filosofia concreta da doutrina fixa e programa; seus ramos defendem um certo grau de intervencionismo social e racionalização económica (geralmente sob a forma de planejamento econômico), às vezes opostos entre si. Uma característica de divisão do movimento socialista é a divisão entre reformistas e revolucionários sobre como uma economia socialista deveria ser estabelecida. Alguns socialistas defendem a nacionalização completa dos meios de produção, distribuição e troca, outros defendem o controle estatal do capital no âmbito de uma economia de mercado.

Socialismo utópico


Estátua de Robert Owen em Manchester.
A reação operária aos efeitos da Revolução Industrial fez surgir críticos ao progresso industrial que propunham reformulações sociais e a construção de uma sociedade mais justa.Os primeiros socialistas, ao formularem profundas críticas ao progresso industrial, ainda estavam impregnados de valores liberais. Atacavam os grandes proprietários, mas tinham, em geral, muita estima pelos pequenos, acreditando ser possível haver um acordo entre as classes sociais.Elaboraram soluções que não chegaram, porém, a constituir uma doutrina, e sim modelos idealizados, sendo por isso chamados de utópicos.
Um dos principais teóricos dessa fase inicial do socialismo era o conde francês Claude de Saint-Simon, que havia aderido à revolução de 1789. Um racionalista, como a maioria de seus contemporâneos, propôs em Cartas de um habitante de Genebra (1802), a formação de uma sociedade em que não haveria ociosos (como ele considerava os militares, os religiosos, os nobres e os magistrados) nem a exploração econômica de grupos de indivíduos por outros.Propôs, ainda, a divisão da sociedade em três classes: os sábios, os proprietários e os que não tinham posses. O governo seria exercido por um conselho formado por sábios e artistas.
Outro teórico da fase inicial do socialismo foi o francês Charles Fourier, que, ao lado de Pierre Leroux, teria sido um dos primeiros a utilizar a palavra "socialismo". Filho de comerciantes, era herdeiro da ideia de Jean-Jacques Rousseaude que o homem é naturalmente bom, mas a sociedade e as instituições o pervertem. Acreditava ser possível reorganizar a sociedade a partir da criação de falanstérios, fazendas coletivas agroindustriais. Nunca conseguiu o apoio de empresários para levar o projeto adiante, apesar de alegar que os falanstérios superariam a desarmonia capitalista, surgida da divisão do trabalho e do papel anárquico exercido pelo comércio na sociedade. Após sua morte, alguns falanstérios surgiram no continente americano, como os de Réunion e da Falange Norteamericana nos Estados Unidos e o do Saí no Brasil.
A expressão "socialismo" foi consagrada por Robert Owen na anglosfera a partir de 1834.Jovem administrador de uma fábrica de algodão em Manchester, observou de perto as condições desumanas de trabalho e se revoltou com as perspectivas do desenvolvimento industrial. Defendendo a impossibilidade de se formar um ser humano superior no interior de um sistema egoísta e explorador como o capitalismo, buscou a criação de uma comunidade ideal, de igualdade absoluta.Na Escócia, onde assumiu o controle de algumas fábricas de algodão em New Lanark por 25 anos, Owen chegou a aplicar suas ideias, implantando uma comunidade alto padrão, na qual as pessoas trabalhavam dez horas por dia e tinha acesso a instrução de alto nível. O sucesso da cooperativa e suas críticas à propriedade privada e à religião, no entanto, levaram Owen a abandonar a Grã-Bretanha e se refugiar nos Estados Unidos, onde fundou a comunidade de New Harmony no estado da Indiana. Após presenciar, em seu retorno ao Reino Unido, a falência de suas cooperativas, dedicou-se, no fim da vida, à organização de sindicatos.

Socialismo científico

Paralelamente às propostas do socialismo utópico, surgiu o socialismo científico, cujos teóricos propunham compreender a realidade e transformá-la mediante a análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo, constituindo, assim, uma proposta revolucionária do proletariado. Daí se origina o termo "científico", uma vez que seus teóricos se baseavam numa análise histórica e filosófica da sociedade, e não apenas nos ideais de justiça social.
O maior teórico dessa corrente foi o filósofo e economista alemão Karl Marx, que contou com a contribuição do compatriota Friedrich Engels em muitas de suas obras. No Manifesto Comunista (1848), Marx e Engels esboçaram as proposições do socialismo científico, que seriam definidas de forma completa em O Capital, obra mais conhecida de Marx, que causaria uma verdadeira revolução na economia e nas ciências sociais. Entre os princípios expostos na obra, destacam-se uma interpretação sócio-econômica da história, conhecida como materialismo histórico, os conceitos de luta de classes, demais-valia e de revolução socialista.
Segundo o materialismo histórico, toda sociedade é determinada, em última instância, por suas condições sócio-econômicas, chamada de "infraestrutura".Adaptadas a ela, as instituições, a política, a ideologia e a cultura como um todo compõem o que Marx chamou de "superestrutura".Um exemplo claro da relação entre essas estruturas é a Revolução Francesa: naquele momento, era necessário transformar a ultrapassada ordem político-jurídica do Antigo Regime (a "superestrutura") para manter a "infraestrutura" vigente.
A luta de classes, na análise marxista, é o agente capaz de transformar a sociedade. O antagonismo entre dominadores e dominados induz às lutas e às transformações sociais. Em termos sociais, se trata do motor da história humana, só terminando com o aparecimento da sociedade comunista perfeita, onde desapareceria a exploração de classes e as injustiças sociais. Já o conceito de mais-valia corresponde ao valor não-remunerado do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas.
Contra a ordem estabelecida pela sociedade burguesa, Marx considerava inevitável a ação política do operariado organizado, a revolução socialista, que iria inaugurar a construção de uma nova sociedade. Num primeiro momento, o controle do Estado ficaria na mão da ditadura do proletariado, quando ocorreria a socialização dos meios de produção através da eliminação da propriedade privada. Numa etapa posterior, a meta seria o comunismo perfeito, onde todas as desigualdades sociais e econômicas, além do próprio Estado, acabariam.

Anarquismo


Pierre-Joseph Proudhon, primeiro anarquista auto-proclamado do mundo.
Outra corrente socialista surgida no século XIX foi o anarquismo.Pregava a supressão de toda e qualquer forma de governo, defendendo a liberdade de forma geral.O principal percursor desta doutrina é Pierre-Joseph Proudhon, que se vale dos pressupostos do socialismo utópico (sendo considerado um socialista utópico por alguns historiadores) para criticar os abusos do capitalismo em sua obra O que é a propriedade? (1840). Respeita a pequena propriedade e propõe a criação de cooperativas e de bancos que concedessem empréstimos a juros zero aos empreendimentos produtivos, além de crédito gratuito aos trabalhadores.Proudhon foi o primeiro anarquista auto-proclamado, apesar de ser considerado um socialista utópico pelos marxistas, rótulo que jamais aceitou.
Ao propor a criação de uma sociedade sem classes, sem exploração, sem Estado, formada por homens livres e iguais, Proudhon inaugurou o anarquismo.Ele propunha a destruição dos Estados nacionais e sua substituição pelas "repúblicas de pequenos proprietários".Suas propostas inspiraram, principalmente, o teórico russo Mikhail Bakunin, que se tornou líder do chamado "anarquismo terrorista". Defendia que a violência era a única forma de se alcançar uma sociedade livre de Estados e de desigualdades, um mundo de felicidades e liberdades para os operários.
O anarquismo, também conhecido como "comunismo libertário", e o socialismo científico de Marx coincidem quanto ao objetivo final: atingir o comunismo, estagio em que não existem mais divisões de classes, exploração, e nem mesmo o Estado.Entretanto, para os marxistas, antes dessa meta faz-se necessária uma fase intermediária, a ditadura do proletariado.Já na concepção dos anarquistas, as classes, as instituições e as tradições devem ser erradicadas imediatamente, tendo como finalidade a aniquilação do Estado.As críticas mútuas entre anarquistas e marxistas levaram a uma convivência de choques e divergências, comprovada pelas rivalidades que ocorreram posteriormente nos países onde ambas as facções coexistiram na luta contra a ordem estabelecida,tais como na Rússia após a Revolução e na Espanha durante a Guerra Civil.

Socialismo cristão

Durante a Revolução Industrial, uma série de teóricos cristãos, como Robert Lamennais, Adolph Wagner e J.D. Maurice, entre outros, lançaram apelos às classes dominantes para que aliviassem os sofrimentos das classes trabalhadoras. Nasceu, dessa forma, o socialismo cristão, uma tentativa de aplicar os ensinamentos de amor e de respeito ao próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização. A grande mobilização operárias levou a cúpula da Igreja Católica a definir oficialmente seu papel nos novos problemas sociais.
Em 1891, o papa Leão XIII lançou a encíclica Rerum Novarum, em que expunha o pensamento social do catolicismo.Nela, reavivava o papel da Igreja como instrumento de reforma e justiça social.Reconhecia o direito à propriedade privada e rejeitava o socialismo científico de Marx,mas condenava a ganância capitalista e a exploração desumana da força de trabalho.O papa propunha que os empregadores reconhecessem os direitos fundamentais dos proletários, como a limitação da jornada de trabalho, o descanso aos fins de semana, o estabelecimento de salários dignos, as férias remuneradas, entre outros. A encíclica recomendava também a intervenção do Estado no mercado privado a fim de melhorar as condições de vida dos trabalhadores nos setores da habitação e da saúde.Após a publicação dessa encíclica, a Igreja não mais se desligou da questão social e de suas concepções políticas, caráter reforçado sobretudo após o concílio Vaticano II (1962-1965).

Socialismo real

O socialismo posto em prática é chamado de socialismo real. Para o historiador Gilberto Cotrim, trata-se de um "socialismo autoritário", devido ao terror político implementado pelos diversos regimes socialistas que existiram no mundo.A trajetória do socialismo real começa com a vitória dos bolcheviques na Revolução Russa, o que transformou o país, renomeado de União Soviética, no primeiro estado socialista da história. A partir de 1921, o Partido Comunista instaurou a ditadura no país. A oposição política, dentro e fora do partido, foi proibida, e todos os sindicatos foram unificados e submetidos ao comando do governo federal. Com Josef Stalin, o Partido Comunista passou a reinar de forma absoluta sobre a sociedade. As ordens do Partido eram inquestionáveis e todos deveriam se submeter a elas. A repressão se aprofundou após a derrota de Leon Trótski na disputa pelo controle da União Soviética depois da morte de Vladimir Lenin. Stalin perseguiu violentamente todos que se opusessem a seu regime. Milhares de cidadãos foram presos, torturados e mortos pela repressão. Mais de cinco milhões de pessoas foram presas e estima-se que cerca de 700 mil tenham morrido durante o Grande Expurgo stalinista. De acordo com o historiador britânico Robert Conquest, este número pode ser de duas a três vezes maior. Assim sendo, a União Soviética perdeu figuras ilustres, executadas como traidores da pátria em eventos que ficariam conhecidos como "julgamentos-espectáculos".Além dos mortos no Grande Expurgo, cerca de 1,8 milhão morreram em gulags. O regime stalinista foi uma das ditaduras mais sangrentas do século XX. De maneira semelhante ao ocorrido na União Soviética, o regime socialista implementado em outros países trouxe consequências brutais para o povo. No Camboja, cerca de 1,5 milhão foram executados como consequência do regime do Khmer Vermelho. Na Coreia do Norte, estima-se que de 900 mil a duas milhões de pessoas tenham morrido de fome após o colapso do regime soviético. Antes disso, de 700 mil a mais de 3,5 milhões de pessoas teriam sido assassinadas pelo regime de Kim Il-sung. Cerca de 2,5 milhões morreram como vítimas de perseguição política durante o período conhecido como Grande Salto Adiante na China. No Vietnã, o regime comunista teria feito de 200.000 a 900.000 vítimas na década de 1950. Na Etiópia, cerca de meio milhão de pessoas foram assassinadas durante o Terror Vermelho de 1977 e 1978.





domingo, 12 de fevereiro de 2012

Suécia


Suécia
Konungariket Sverige
Reino da Suécia



Bandeira                                                                           Brasão










                          
                     
                                                            Localização da Suécia (em verde)
                                                       No continente europeu (em cinzento e verde-claro)
                                                                             Na União Européia (em verde-claro)
     

Suécia (em suecoSverige), oficialmente Reino da Suécia (em sueco:Konungariket Sverige), é um país nórdico, localizado na Península Escandinava na Europa Setentrional. A Suécia divide fronteiras terrestres com a Noruega, a oeste, e com a Finlândia, a nordeste, além de estar ligada à Dinamarca através da Ponte do resund, no sul.
Com 450 295 km², a Suécia é o terceiro maior país da União Europeia em termos de área e possui uma população total de cerca de 9,2 milhões de habitantes. A Suécia tem umabaixa densidade populacional, com cerca de 21 habitantes por quilômetro quadrado, mas com uma densidade consideravelmente maior na metade sul do país. Cerca de 85% da população vive em áreas urbanas e espera-se que este número aumente gradualmente com a urbanização que ainda está em curso. A capital e maior cidade da Suécia é Estocolmo (com uma população de 1,3 milhões na área urbana e de 2 milhões na área metropolitana). A segunda e terceira maiores cidades da Suécia são Gotemburgo e Malmö.
A Suécia é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo e é uma economia altamente desenvolvida. O país ocupa o primeiro lugar do mundo noÍndice de democracia, feito pela revista inglesa "The Economist", e o sétimo lugar noÍndice de Desenvolvimento Humano da ONU. O país é membro da União Europeiadesde 1 de Janeiro de 1995 e também é membro da OCDE.
Clima
A maior parte da Suécia tem um clima temperado, apesar de sua latitude norte, com quatro estações distintas e temperaturas amenas durante todo o ano. O país pode ser dividido em três tipos de clima; a parte mais ao sul tem um clima oceânico, a parte central tem um clima continental úmido e a parte norte tem um clima sub-ártico. No entanto, a Suécia é muito mais quente e seca do que outros lugares situados em uma latitude similar, e até mesmo um pouco mais ao sul, principalmente devido à Corrente do Golfo. Por exemplo, a Suécia central e meridional tem invernos muito mais quentes do que muitas partes da Rússia, Canadá e norte dos Estados Unidos. Por causa de sua alta latitude, a duração do dia varia muito. No norte do Círculo Polar Ártico, o sol nunca se põe em parte de cada verão e ele nunca nasce em parte de cada inverno. Na capital, Estocolmo, o dia dura mais de 18 horas no final de junho, mas apenas cerca de seis horas no final de dezembro. A Suécia recebe entre 1.100 a 1.900 horas de sol por ano.
As temperaturas variam de norte a sul. As partes sul e central do país tem verões quentes e invernos frios, com temperaturas médias elevadas de 20 a 25 °C e baixas de 12 a 15 °C no verão e temperatura média de -4 a 2 °C no inverno, enquanto a parte norte do país tem verões mais curtos e frios e invernos mais longos, mais frios e com neve, com temperaturas que, muitas vezes abaixo de zero de setembro a maio. Ocasionais ondas de calor podem ocorrer algumas vezes por ano e temperaturas acima de 30 °C ocorrem em vários dias durante o Verão, por vezes mesmo no norte. A temperatura mais alta já registrada na Suécia foi de 38 °C em Malilla em 1947, enquanto a temperatura mais baixa já registrada foi de -52,6 °C em Vuoggatjålme em 1966.
Em média, a maior parte da Suécia recebe entre 500 e 800 mm (20 e 31) de precipitação por ano, tornando-se consideravelmente mais seca do que a média global. A parte sudoeste do país recebe mais precipitação, entre 1000 e 1200 mm e algumas zonas de montanha no norte do país estão estimadas para receber até 2.000 mm. A neve ocorre principalmente entre dezembro e março no sul da Suécia, de novembro até abril no centro da Suécia e de outubro a maio no norte da Suécia. Apesar do norte, sul e centro da Suécia tenderem a ser praticamente livres de neve em alguns invernos.

Religião
Catedral de Uppsala.

Em 2008 cerca de 73% da população do país se declararam pertencentes a Igreja Luterana Sueca, uma igreja protestante com adaptações suecas. Os católicos representam cerca de 1,9% e os cristãos evangélicos pentecostais, cerca de 1%. Outras religiões (islamismo, judaísmo,igreja ortodoxa e outras), somadas, dão cerca de 11%.

Idiomas
A língua oficial da Suécia é o sueco, uma língua germânica setentrional relacionada e muito semelhante ao dinamarquês e ao norueguês, mas diferente destes na pronúncia e na ortografia. Os noruegueses têm pouca dificuldade em compreender os suecos e os dinamarqueses também podem compreendê-los, com dificuldade um pouco maior do que a dos noruegueses. Os dialetos falados na Scania, a maior parte do sul do país, são influenciados pelo dinamarquês porque a região, tradicionalmente, era uma parte da Dinamarca e, hoje, é situada perto desse país. Os sueco-finlandeses são a maior minoria lingüística da Suécia, compreendendo cerca de cinco por cento da população do país, sendo o finlandês reconhecido como uma língua minoritária.
Além do finlandês, quatro outras línguas minoritárias também são reconhecidas: meänkieli, sami, romani e iídiche. O sueco tornou-se a língua oficial da Suécia em 1 de julho de 2009, quando uma nova lei sobre linguagem foi implementada. A questão do sueco ser declarado o idioma oficial tem sido levantada há vários anos e o parlamento votou o assunto em 2005, mas a proposta por pouco não foi aprovada.
Em graus variados, dependendo, em grande parte, da frequência de interação com o inglês, a maioria dos suecos, especialmente os nascidos após a Segunda Guerra Mundial, compreendem e falam o inglês, devido às ligações de comércio, à popularidade das viagens ao exterior, à forte influência anglo-estadunidense, à tradição da legendagem ao invés da dublagem dos programas de televisão e filme sestrangeiros e à semelhança relativa das duas línguas, a qual torna o aprendizado do inglês mais fácil. O inglês tornou-se uma disciplina obrigatória para alunos do ensino secundário que estudavam ciências naturais em 1849 e tem sido uma matéria obrigatória para todos os estudantes suecos desde 1940.

Política
O Riksdag, em Estocolmo, é a sede do Parlamento da Suécia.

A Suécia é uma monarquia filmes constitucional, onde o rei Carlos XVI Gustavo é o chefe de Estado, porém com poderes limitados a funções oficiais e cerimoniais. A Economist Intelligence Unit, embora reconhecendo que a democracia é algo complexo de ser medido, classificou a Suécia no primeiro lugar do Índice de Democracia, entre 167 países. O principal órgão legislativo da nação é o Riksdag (Parlamento da Suécia), com 349 membros que escolhem o primeiro-ministro do país. As eleições legislativas são realizadas a cada quatro anos, no terceiro domingo de setembro.
Constitucionalmente, o Riksdag (Parlamento) detém a autoridade suprema na Suécia moderna. ORiksdag é responsável pela escolha do primeiro-ministro, que depois designa o governo (ministros). O poder legislativo é exercido apenas pelo Riksdag. O poder executivo é exercido pelo governo, enquanto o judiciário é independente. A Suécia não tem controle de constitucionalidade. Atos dos decretos do parlamento e do governo podem ser inaplicáveis a todos os níveis se forem manifestamente contra a lei constitucional. No entanto, devido às restrições a esta forma de controle de constitucionalidade e de um judiciário fraco, teve poucas consequências práticas.


Carlos XVI Gustavo da Suécia, o Rei da Suécia e Estado cerimonial.

O Partido Operário Social-Democrata da Suécia tem desempenhado um papel de liderança política desde1917, depois dos reformistas confirmarem a sua força e dos revolucionários abandonarem o partido. Após1932, os gabinetes foram dominados pelos social-democratas. Apenas quatro eleições gerais (1976, 1979, 1991 e 2006) deram cadeiras suficientes no Parlamento ao bloco de centro-direita para formar um governo. No entanto, o fraco desempenho econômico desde o início da década de 1970 e, especialmente, na crise no início dos anos 1990, forçaram a Suécia a reformar seu sistema político para se tornar mais parecido com o de outros países europeus. Na eleição geral de 2006 o Partido Moderado, aliado ao Partido do Centro, Partido Popular e aos Democratas Cristãos, com uma plataforma política comum, ganhou a maioria dos votos. Juntos, eles formaram um governo de maioria, sob a liderança do líder do Partido Moderado, Fredrik Reinfeldt. A eleição em setembro 2010 viu a primeira penetração dos Democratas da Suécia no Riksdag. Nesta eleição os Moderados ganharam pelo menos 10 assentos, mas os outros partidos no bloco conservador recuaram, como também aconteceu com os social-democratas, perdendo 17 cadeiras. Tanto o Bloco Conservador e do Bloco Socialista recusaram-se a formar uma coalizão, incluindo os Democratas da Suécia.
Palácio de Estocolmo, a sede oficial do rei da Suécia.


Educação
  Universidade de Uppsala, fundada em 1477.



Crianças de 1-5 anos de idade têm lugar garantido em uma creche pública (em sueco: förskola ou, coloquialmente, dagis). Entre as idades de 6 e 16, as crianças requentam a escola obrigatória. No Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), os alunos suecos de 15 anos de idade têm pontuação próxima da média da OCDE. Depois de completar o 9º ano, cerca de 90% dos alunos continuam os estudos em um ensino secundário (ginásio) de três anos de duração, o que pode levar a um trabalho de qualificação ou a elegibilidade de entrada para a universidade. O sistema escolar é em grande parte financiado pelos impostos.
O governo sueco trata escolas públicas e privadas igualmente, através da introdução da verificação do ensino em 1992 como um dos primeiros países do mundo, depois dos Países Baixos. Qualquer pessoa pode estabelecer uma escola sem fins lucrativos e o município deve pagar às novas escolas a mesma quantidade das escolas municipais. A merenda escolar é gratuita para todos os alunos na Suécia e normalmente inclui um ou dois tipos diferentes de pratos quentes, uma refeição vegetariana, Buffet de saladas, frutas, leite, pão e água.
Existem várias universidades e faculdades na Suécia, das quais as mais antigas e maiores se situam em Uppsala, Lund, Gotemburgo e Estocolmo. Apenas alguns países, como Canadá, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul têm níveis mais elevados de diplomados no ensino superior Juntamente com vários outros países europeus, o governo também subsidia mensalidades de estudantes internacionais buscando um diploma em instituições suecas, embora uma recente lei aprovada no Parlamento sueco vá limitar essa subvenção aos estudantes dos países do Espaço Econômico Europeu e da Suíça.

Cultura
Tradicional casa rural sueca.

 A Suécia tem muitos autores de reconhecimento mundial, incluindo August Strindberg, Astrid Lindgren e os Prêmio Nobel Selma Lagerlöf e Harry Martinson. No total, sete Prêmios Nobel de Literatura foram dados a suecos. Os artistas mais conhecidos do país são pintores como Carl Larsson e Anders Zorn, e os escultores Tobias Sergel e Carl Milles.
A cultura sueca do século XX é notável pelos trabalhos pioneiros de Mauritz Stiller e Victor Sjöström nos primórdios do cinema. No período entre as décadas de 1920 e 1980, o cineastaIngmar Bergman e as atrizes Greta Garbo e Ingrid Bergman tornaram-se pessoas internacionalmente notáveis dentro do cinema. Mais recentemente, os filmes de Lukas Moodysson e Lasse Hallström têm recebido reconhecimento internacional.
A Suécia tornou-se também muito liberal em relação à homossexualidade, como se reflete na aceitação popular de filmes como Amigas de Colégio, sobre duas jovens lésbicas na pequena cidade sueca de Åmål. Desde 1 de maio de 2009, a Suécia revogou suas leis de "parceria registrada", substituindo-as pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Suécia também oferece parcerias domésticas tanto para pessoas do mesmo sexo quanto para casais do sexo oposto. A coabitação (sammanboende) por casais de todas as idades, inclusive adolescentes, bem como casais de idosos, é generalizada. Recentemente, a Suécia está experimentando um "baby boom“.

 ABBA
ABBA foi um quarteto de disco e pop formado em 1972 em Estocolmo. O nome do grupo foi criado com a junção das iniciais de seus quatro membros, Agnetha FältskogBjörn UlvaeusBenny Andersson e Anni Lyngstad . Teve uma carreira oficial de 10 anos, durante a qual lançou mais de 70 singles de sucesso, dominando as paradas músicas em todos os continentes e vendendo centenas de milhões de discos, vindo a se tornar a segunda banda mais bem sucedidas comercialmente assim como um dos maiores ícones pop de todos os tempos.
Durante os anos 60 todos os quatro integrantes já desfrutavam de sucesso musical individual na Europa e decidiram se juntar em 1972 para representar a Suécia no Festival Eurovisão da Canção, mas só venceram na edição de 1974 com a canção "Waterloo" que veio a se tornar o primeiro hit internacional do grupo e a melhor musica do festival,escolhido pelos próprios, e mais tarde com o sucesso do single "Fernando", que vendeu mais de 10 milhões de cópias,[2] o sucesso da banda estava assegurado. Nos anos seguintes o ABBA lançou uma sequência de hits mundiais que incluem sucessos muito lembrados até hoje como "Mamma Mia", "SOS", "Money, Money, Money", "Super Trouper", "Take a Chance on Me", "Chiquitita" e "The Winner Takes It All". Em 1976 foi lançada "Dancing Queen", que viria a se tornar a canção de maior sucesso do grupo, atingindo o topo da Billboard Hot 100 e das paradas de outros 12 países, tendo também vendido mais de 6 milhões de cópias ao redor do mundo.
Na virada do milênio as vendas da banda já superavam as 300 milhões de cópias mundialmente. Em1999 a discografia da banda foi adaptada para o musical Mamma Mia!, que estreou em Londres e depois ganhou versões em dezenas de países, muitos nos quais está em cartaz permanentemente; até hoje o musical já foi assistido por mais de 42 milhões de pessoas e teve um faturamento mundial de cerca de 2 bilhões de dólares, sendo a peça teatral mais bem sucedida de todos os tempos. O sucesso do musical levou a uma adaptação para o cinema em 2008, também titulada Mamma Mia!; o filme teve uma bilheteria total de mais 600 milhões de dólares, tornando-se também o filme musical de maior sucesso de todos os tempos. Outro recorde do ABBA inclui o sucesso da coletânea Gold: Greatest Hits, de 1992, que vendeu mais 30 milhões de cópias e se tornou a terceira coletânea mais vendida da história da música.
Hoje em dia as vendas do grupo já se aproximam de 400 milhões de cópias mundialmente, o que faz do ABBA o quarto maior vendedor de discos da história. Além disso, a Indústria Fonográfica Mundial (IFPI) estima que a banda ainda venda de 2 a 3 milhões de discos por ano, o que faz do ABBA a banda inativa que mais fatura nos dias de hoje. Mesmo o ABBA não sendo tão popular como nos anos 70,eles continuam tendo o titulo de maior banda POP de todos os tempos.

Greta Garbo (1905-1990)
Greta Garbo, nome artístico de Greta Lovisa Gustafson, (Estocolmo, Reino da Suécia e Noruega, 18 de Setembro de 1905  Nova Iorque,15 de Abril de 1990) foi uma atriz sueca. Com seu talento e aura de mistério, tornou-se uma das mulheres mais fascinantes do século passado, eleita pelo Instituto Americano de Cinema como a quinta maior lenda da história da sétima arte. Apesar de sua carreira meteórica, Garbo era solitária e reservada, e só concedeu quatorze entrevistas durante toda a vida. Pouco se soube e muito se especulou sobre a atriz, incluindo mistérios sobre sua relação com os Aliados da Segunda Guerra Mundial. Uma das citações mais memoráveis sobre ela é a de que "Greta é como a Mona Lisa - uma das grandes coisas da vida. E tão distante quanto."
Greta Garbo foi uma das atrizes mais influentes de sua época (se não tiver sido a mais influente de todas do século XX). Outras atrizes de peso da época, como Marlene DietrichTallulah Bankhead, Joan Crawford, Katharine Hepburn, Bette Davis e Mae West, declaravam ser grandes admiradoras do trabalho e da personalidade de Garbo, e se inspiravam em seu visual simples, elegante e ligeiramente masculinizado (como bem exemplifica uma matéria publicada pela revista Vanity Fair em novembro de 1932), que virou moda nos anos 30.
Garbo é citada na canção Bette Davis Eyes, escrita em 1974 por Donna Weiss e Jackie DeShannon, mas que ficou famosa na gravação feita pela cantora americana Kim Carnes em 1981, versão essa que ganhou o Grammy de "Canção do Ano".
Em 1986, Greta Garbo foi homenageada pela cantora francesa Mylène Farmer, que gravou uma música chamada Greta para o seu álbum de estréia, Cendres de lune.
Em 1990, ano de sua morte, foi a vez de Madonna homenageá-la em seu hit Vogue. Greta Garbo encabeça a lista de personalidades hollywoodianas que Madonna cita na música em questão.
Outros artistas que também homenagearam Greta Garbo com músicas foram: a banda 3 Cold Man com a canção "My Greatest Greta", de 2007; a banda Falco, com uma música denominada simplesmente "Garbo"; e o cantor country Van Morrison no seu álbum de 2005Magic Time, com a canção "Just Like Greta".
Prêmios e indicações:
Greta Garbo foi indicada quatro vezes ao Oscar de Melhor Atriz:
§  Em 1930, pelos filmes Anna Christie e Romance (o que dividiu os votos e deu a vitória a Norma Shearer);
§  Em 1937, por A Dama das Camélias (mas pela segunda vez, Luise Rainer levou a estatueta, naquele ano por Terra dos Deuses);
§  E em 1939, pela comédia Ninotchka.
Em 1935, foi premiada pela Associação dos Críticos de Cinema de Nova Iorque por sua atuação em Anna Karenina; dois anos depois, em 1937, recebeu o mesmo prêmio, dessa vez por A Dama das Camélias.
Em 1954, Hollywood fez uma reavaliação tardia do talento de Garbo e, num ato de contrição pela negligência no passado, a Academia lhe conferiu um Óscar especial pelo conjunto da obra. Como era de se esperar, a reclusa Garbo não compareceu à cerimônia para receber a estatueta, cabendo a Nancy Kelly receber o Oscar por ela.

Estrela de Greta Garbo na calçada da fama.

Ingrid Bergman


Ingrid Bergman (Estocolmo, 29 de Agosto de 1915  Londres, 29 de Agosto de 1982) foi uma premiada actriz sueca.
Nasceu na capital sueca, às 3:30 da madrugada do dia 29 de agosto de 1915, filha de mãe alemã e pai sueco. A sua mãe morreu quando tinha dois anos e pai, Justus Bergman, era um fotógrafo boémio que lhe transmitiu o amor pelo teatro.
Ingrid entrou para a Real Escola de Arte Dramática de Estocolmo e antes de terminar o curso estreou no cinema, levada por um caçador de talentos. Em dois anos participou de nove filmes na Suécia.
Já famosa no seu país, Ingrid foi levada para Hollywood em 1939 para estrelar a versão de um dos seus mais bem sucedidos filmes suecos, "Intermezzo". A partir daí, o mundo inteiro rendeu-se a uma grande atriz que tinha um estilo próprio que em Hollywood alguns diretores e produtores definiam com um glamour ao ar livre, que fazia com que ela intrepretasse da mesma maneira vibrante tanto uma camponesa como uma princesa.
Bergman foi três vezes premiada com o Óscar, sendo duas como Melhor Atriz (principal) e uma comoMelhor Atriz (coadjuvante/secundária). O primeiro Óscar veio em 1944 com "À Meia-Luz", o segundo em 1956 com "Anastácia, a Princesa Esquecida", e o terceiro em 1974 como uma solteirona retraída em "Assassinato no Orient Express". Participou em numerosos filmes, incluindo clássicos do cinema americano, como Casablanca, ou do italiano, como Stromboli.
Cena do filme Por quem os sinos dobram.
Casou-se em 1937 com Petter Lindström, com quem teve uma filha, Pia. Em 1949 divorciou-se e casou com o diretor italiano Roberto Rossellini, uma união que causou muita polémica, pois ambos eram casados quando se apaixonaram e abandonaram as respectivas famílias para viverem juntos. Essa paixão fez com que Ingrid fosse acusada de adúltera e de mau exemplo para as mulheres americanas e levou-a a ficar anos sem filmar nos Estados Unidos. Com Rossellini teve três filhos: Roberto e as gêmeas Isotta Ingrid e Isabella, hoje a atriz Isabella Rossellini. Esse casamento durou até 1957, quando se divorciaram. Foi casada com Lars Schmidt de 1958 até 1975, quando também se divorciou.
Morreu no dia do seu aniversário, com 67 anos, depois de lutar seis anos contra um câncer nos seios e de fazer duas mastectomias. Em uma entrevista um ano antes de falecer, Ingrid disse que se recusava a se render à doença e que por isso continuava a fumar e a beber vinho echampagne. Encontra-se sepultada em Norra begravningsplatsen (Northern Cemetery)EstocolmoEstocolmo (condado) na Suécia.

Culinária da Suécia
A Culinária da Suécia é considerada simples e pesada, com uso reduzido de especiarias, apresentando pratos confeccionados à base de carne de porco, peixe, batatas cozidas e couves, sendo bastante parecida com as culinárias norueguesa e dinamarquesa. No norte do país, é consumida a carne de rena, e no sul, há maior utilização de legumes e verduras. Os peixes mais consumidos são o bacalhau fresco, a sarda, o arenque e o salmão.
Tradicionalmente, os suecos são bastante abertos às influências culinárias de outros países, como se pode ver pelo consumo de pizza, hamburger, e comida chinesa. Nos restaurants e hotéis da Suécia, é oferecida a especialidade tipica da Suécia – o smörgåsbord - um bufê reunindo variadas iguarias associadas ao país.

Pratos típicos
Aqui são apresentados alguns pratos típicos da Suécia. Estes pratos não são necessariamente de consumo frequente, nem generalizado a toda o país, mas são muitas vezes apresentados para dar uma ideia do que é a gastronomia da Suécia.
Almôndegas com batata cozida, molho, e doce de arando vermelho (köttbullar med lingonsylt)
Salsicha de Falun com puré de batata (Falukorv)
Arenque curado, acompanhado de batata cozida, natas azedas e cebolinho (sill och potatis)
Fatias de salmão fumado, com batata cozida, molho branco e endro (rökt lax)
Sopa de ervilhas, feita com ervilhas amarelas secas (ärtsoppa)
Tentação de Janson (gratinado de anchovas)
Feijões estufados com carne de porco (bruna bönor med fläsk)
Smorgåsbord (mesa servida com diversas iguarias)
Sopa de urtigas (nässelsoppa)
Pyttipanna (pedacinhos de carne, batatas e cebola na frigideira)
Fatia de pão, guarnecida com queijo, fiambre, etc. (smörgås)
Sopa de mirtilo (blåbärssoppa)
[editar]Bebidas típicas
Café – os Suecos estão entre os maiores consumidores mundiais de café
Cerveja
Aguardente - feita de batata ou de trigo
Aguardente condimentada - com anis, erva-de-são-joão, coentros, absinto,etc.

Produtos lácteos
Queijo – Herrgård, Grevé, Prästost, Svecia
Leite coalhado (filmjölk)

Pão
Pão fino e estaladiço (knäckebröd)

Sobremesas típicas
Arroz doce com natas batidas e pedacinhos de laranja (ris à la Malta)
Panquecas com natas batidas e doce de morango (pannkakor)
Pastel de queijo (ostkaka)
Bolo de chocolate sueco (kladdkaka)
                                            Arenque com batata cozida Fotografia: Fluff

                                                                Pastel de queijo

                                                                Sopa de arando

                                                                Salsicha de Falun                         

                                                                    Pão estaladiço

                                                      Mesa servida com Smörgåsbord

                                                                    Almôndegas
População e Costumes da Suécia
Durante muitos séculos a Suécia foi etnicamemte muito homenageada, exceto os samis (laponé), minoria lingüística indígena do norte do país. Atualmemte existem uns 15.000 samis.
Os suecos comparados com os habitantes do sul da Europa são pessoas menos abertas e com pouco interesse em relacionar-se fora de seu próprio círculo de amizade. Sem dúvidas, ao longo da história o povo sueco tem sofrido algumas transformações na forma de ver e de vivir a vida.
Entre 1865 e 1930, o país experimentou uma emigração de grande escala, a maioria mudou-se para os Estados Umidos, com a esperança de uma vida melhor. Nos anos sessenta e setenta vieram, em mudança, a trabalhar na Suécia, mais de meio milhão de imigrantes, em sua maioria filandes, porém também, iugoslavos, gregos e outros.
Além, Suécia tem acolhido a refugiados de muitos locais agitados do mumdo. Esta grande imigração, que soma hoje em dia mais de um milhão de pessoas em uma população de 8, 4 milhões, tem provocado mudanças significativas no comportamento dos suecos. Os imigrantes aportam seus hábitos e costumes que vão somando aos próprios do país.
O sueco das cidades são mais abertos e ruaceiros, abrindo passagem a outros costumes e modos de vida até impensáveis.


Economia da Suécia


Produto brutoregional per capita em2004.
Economia da Suécia é uma das que mais se destacam na Europa. Após um período de recessão, aumento do desemprego e altas taxas de inflação no começo dadécada de 1990 a Suécia foi capaz de atingir o crescimento sustentável através de ajustes fiscais e dinamização da economia.O país é o terceiro no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.
Cenário econômico recente

Cartão-postal de Estocolmo, século XIX.
Historicamente, a economia sueca sempre experimentou avanços consideráveis quando foi capaz de aumentar suas exportações. No século XIX, uma elevação da demanda européia e o acesso a infra-estrutura barata dentro do país possibilitaram o nascimento da indústria na Suécia. Abertura econômica, liberdade de imprensa e desregulamentação tiveram papel importante.
A Suécia manteve-se neutra durante as duas Grandes Guerras Mundiais na primeira metade do século XX. O país se beneficiou, no pós-II Guerra, de uma combinação de demanda intensa por seus produtos e da devastação do parque industrial de outras nações do Oeste europeu, suas principais concorrentes. A desvalorização da moeda nacional, a Coroa sueca, também surtiu efeito sobre a balança comercial. As principais fontes de divisas para a Suécia nesse período foram as indústrias florestal, de mineração, veículos automotores, borracha e aço.
Durante os anos 60 a Suécia enfrentou aumento de concorrência por mercados devido à reconstrução de outros países europeus e à emergência do Japão. A produção industrial de certos setores, como o têxtil, sofreu abalos, e demissões ocorreram.
Nos anos 70 a crise do petróleo afetou muito a economia sueca, que dependia excessivamente da estabilidade internacional. A intervenção governamental não foi capaz de sustentar o crescimento sueco, e certos setores do parque industrial, como o metalúrgico, sofreram mais que outros.
década de 80 foi proveitosa para a Suécia, que manteve baixíssima taxa de desemprego no período. Porém, altas e crescentes taxas de inflação ocorreram, e o governo passou por dificuldades no âmbito fiscal. A Suécia não pôde impedir uma crise econômica na primeira metade da década de 1990, cujas características foram desaceleração econômica e desemprego em alta.
Diversificação econômica
Avanços tecnológicos e uma força de trabalho educada resultaram em um aumento substancial de produtividade na Suécia. O eixo principal da economia sueca deslocou-se da agricultura e indústria para o setor de serviços, com destaque para Telecomunicações e a tecnologia da informação (TI). Isto permitiu ao país uma redução da vulnerabilidade econômica em face das flutuações dos preços de commodities.
Prédio da Ericsson, grande empresa sueca.
Qualidade de vida
A Suécia dispõe hoje de um extensivo programa de bem-estar social. Além disso, serviços públicos como saúde e educação estão entre os mais elogiados do planeta. Os gastos do governo com serviços sociais foram, em 2001, de 24.180 dólares americanos per capita, ou 28,9% do PIB.A sociedade sueca é a mais igualitária do mundo. Seu coeficiente de Gini foi de 0,23 em 2005 .
Política macroeconômica



Gotemburgo, segunda maior cidade da Suécia.
Desde a crise no período 1991-93 até hoje, o governo sueco superou um período de instabilidade, caracterizado por dívidas, inflação e deficits fiscais. Atualmente a Suécia tem superavit fiscal de cerca de 1% do PIB e inflação sob controle. Medidas como tetos de gastos para o Orçamento, independência do Banco Central e reforma previdenciária redundaram em alívio para as contas públicas.
A manutenção da excelência no setor público exige altas taxas. A Suécia tem um imposto de renda altíssimo, além de impostos indiretos.
O crescimento médio do PIB da Suécia está no topo da escala de crescimento médio na União Européia, onde a Suécia perde apenas para a Inglaterra. 
O crescimento real da economia sueca foi de 3% em 2004 e de 2,7% em 2005. O crescimento do seu PIB está estimado em 3,6% em 2006 e 3,1% em 2007. Os motores principais dessa expansão são uma alta capaciade de utilização da indústria e o crescimento das exportações, inclusive das exportações de servicos. 
A dívida pública era de 47,7% do PIB em 2004 e está em queda. O desemprego mantém-se relativamente baixo, a 5,8%. 
A Suécia e a União Europeia
A Coroa sueca.
A Suécia é país-membro da União Europeia. No entanto, a maioria - 55,9% - da população votou pela rejeição ao Euro num referendo em setembro de 2003. Assim, a moeda do país continua sendo a Coroa sueca.


Principais desafios
Embora ocupe uma situação privilegiada no cenário internacional, a Suécia tem obstáculos a enfrentar para continuar em crescimento e manter o bem-estar da população.
Envelhecimento da população
A população da Suécia está em processo contínuo e profundo de envelhecimento. Os gastos do governo com saúde e previdência, que já são altos, tendem a aumentar. Uma elevação de taxas, opção teórica para solucionar o problema, é considerada inoportuna, pois a Suécia já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Política fiscal
Apesar das reformas na década de 1990, a política fiscal sueca ainda não é considerada ideal. O governo tem ampla participação na economia, e serviços públicos exigirão mais recursos para os idosos no futuro. Contenção de gastos, privatizações, aumento da produtividade e da eficiência governamental são algumas das possibilidades para a superação deste problema quando se pensa em superação via política ortodoxa, mas dado que a Suécia é um país que se empenha em manter o Welfare State e a proteção dos trabalhadores que foi historicamente conquistada, a melhor solução é a prática do diálogo frequente entre Estado e população para que todos os setores saiam ganhando e o conjunto social continue sendo prioridade e exemplo para os demais países que pensam em construir uma nação auto-suficiente.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho sueco enfrenta problemas por falta de oferta de mão-de-obra, dado o envelhecimento precoce da sua população, diante deste fato programas governamentais de apoio e incentivo aos estudantes imigrantes têm se tornado uma opção para manter a estabilidade social e a garantia do crescimento.

Futebol na Suécia
Futebol na Suécia é, ao lado de esqui e hóquei no gelo, um dos mais populares esportes. Em 2008 existiram 3.375 clubes de futebol com mais de um milhão de membros e 270.896 jogadores licenciados. A infraestrutura apresenta 5.708 campos e estádios de futebol, sendo o Estádio Råsunda a arena nacional.
O primeiro time da Seleção Sueca de Futebol em 1908.
O futebol, juntamente com outros esportes organizados, chegou à Suécia na década de 1870 e foi praticado principalmente por clubes de ginástica que praticavam a maior parte dos esportes da época. Inglaterra e Escócia foram as principais fontes de inspiração, e não é de se estranhar que o futebol ganhou popularidade rapidamente, com o primeiro acordo de regras estabelecido em 1885 pelos clubes ativos emGotemburgoEstocolmo e Visby. A primeira partida entre clubes foi disputada em 1890 e o primeiro jogo com regras modernas foi realizado dois anos depois, em 1892.
A primeira associação para administrar um torneio nacional de futebol na Suécia foi a Svenska Idrottsförbundet, fundada 1895 em Gotemburgo, a cidade que, na época, dominava o futebol no país. A associação organizou o Svenska Mästerskapet em 1896, vencida pelo Örgryte IS. O torneio foi disputado até 1925, quando o primeiro campeonato nacional, Allsvenskan, foi iniciado.
O futebol tem crescido desde então e há atualmente cerca de 3.300 clubes com 32.700 equipes e um milhão de membros, dos quais cerca de meio milhão são jogadores ativos.
Organização
Associação Sueca de Futebol (em suecoSvenska Fotbollförbundet; SvFF), fundada em 1904, é o órgão que dirige e controla o futebol na Suécia, comandando as competições nacionais (entre outros o Campeonato Sueco de Futebol e a Copa da Suécia) e as seleções nacionais masculino e feminino. A sede deste órgão está localizada na capital Estocolmo.
População e Costumes da Suécia
Durante muitos séculos a Suécia foi etnicamemte muito homenageada, exceto os samis (laponé), minoria lingüística indígena do norte do país. Atualmemte existem uns 15.000 samis.
Os suecos comparados com os habitantes do sul da Europa são pessoas menos abertas e com pouco interesse em relacionar-se fora de seu próprio círculo de amizade. Sem dúvidas, ao longo da história o povo sueco tem sofrido algumas transformações na forma de ver e de vivir a vida.
Entre 1865 e 1930, o país experimentou uma emigração de grande escala, a maioria mudou-se para os Estados Umidos, com a esperança de uma vida melhor. Nos anos sessenta e setenta vieram, em mudança, a trabalhar na Suécia, mais de meio milhão de imigrantes, em sua maioria filandes, porém também, iugoslavos, gregos e outros.
Além, Suécia tem acolhido a refugiados de muitos locais agitados do mumdo. Esta grande imigração, que soma hoje em dia mais de um milhão de pessoas em uma população de 8, 4 milhões, tem provocado mudanças significativas no comportamento dos suecos. Os imigrantes aportam seus hábitos e costumes que vão somando aos próprios do país.O sueco das cidades são mais abertos e ruaceiros, abrindo passagem a outros costumes e modos de vida até impensáveis.
O
Pontos Turísticos

Estocolmo
A capital da Suécia está construida sobre 14 ilhas. No lugar onde o Lago Mälarem desemboca no Mar Báltico. Um oásis verde, onde a água cobre uma terceira parte da superfície da cidade; o resto está coberto de edifícios pitorescos e rasca de cristal, que alternam-se com estruturas de acero. Ponte, m e éclusas umem as distintas parte desta vila vikingue, decorada, ademais, com os mais belos parques e reservas naturais. A cidade está dividida em várias zonas: Gamla Stan, Norrmalm, Södermalm, Östermalm, Vasastan, Kumgsholmem e Djurgardem.


A Cidade Vilha Velha (Galma Stan)
Entre os lugares de visita imprescindível destaca-se Gamla Stan, a Cidade Velha, situada sobre um grupo de ilhas, com estreitas ruas, restaurantes, lojas típicas e galerias de arte. A arquitetura desta parte da cidade mistura-se com harmonia, conventos medievais com magníficas fachadas dos séculos XVII e XVIII, sem perder seu aspecto de cidade moderna e palpitante. Aqui se encontram resumidos uma grande quantidade de lugares de interesse.
O centro neufrálgico é a Praça Maior, Stortorget, embrião de um porto comercial enriquecido, devido a exportação de brea. É uma praça pequena, porém de grande atividade. Ao seu redor juntam-se numerosas casas comerciais. Justo neste lugar está a Bolsa, Stockholms Fondbörs, onde reune-se anualmente a Academia Sueca, para dar o Prêmio Nobel de Literatura. Do seu lado está a Catedral gótica de Estocolmo, Storkerkam (Igreja Maior), que data do século XV. Aqui eram, antigamemte coroados os reis suecos. Neste lugar repousa a famosa escultura de madeira de São Jorge e o Dragão (1489), com trabalho pertecente a Bernt Notke de Lübeck. Também pode-se ver o Parhoiam de 1520, a representação mais antiga da cidade.
O Palácio Real Kumgliga Slottet, é um edifício de granito de clara inspiração barroca que data do século XVIII. Possui mais de 600 quartos e vários museus interessantes, entre eles o Museu de Antigüidade, os Aposentos Reais, com móveis e tapetes goboinos, a Armería Real e o Téoro das Jóias da Coroa. Deste lugar obtem-se uma bonita vista do Báltico. Uma vez visitado o palácio pode-se cruzar a a Ilha do Espírito Santo, Hogeandsholmem, para visitar o Parlamemto, Riksdahshuset, uma estrutura de pedra do século XIX.
Outro edifício destacado é a Casa dos Noblé Riddarhuset, construida no século XVII em estilo barroco alemão. Daqui cruza-se um ponte para chegar até a Ilha dos Cavalheiros Riddarholmem, onde poderá contemplar um dos edifícios mais antigos de Estocolmo, o Riddarholmskerkan, um Mosteiro franciscano do século XIII, onde descansam numerosos monarcas suecos. Não muito longe encontra-se o Tribunal Supremo, Svea Hovrätt.
As vistas apreciadas desde o muole da baia são magníficas. Antes de deixar o bairro antigo deve dar uma volta pela rua Svartmangatan, rodeada de antigos edifícios para chegar até a Igreja Alemã, Teska Kerkan.




Mapas da Suécia